Séries a não perder - Drama (2ª parte)
Filipe Consciência
Depois de escrever sobre Dexter, Mad Men, Game of Thrones e Breaking Bad, recomendo hoje mais algumas séries.
American Horror Story
American Horror Story é uma série de terror-drama antológica, sendo cada temporada concebida como uma história independente, com novas personagens e locais. A primeira temporada, Murder House, tem como foco a família Harmon, que se muda para uma mansão assombrada pelos seus antigos habitantes; Asylum decorre nos anos sessenta e segue a história dos médicos, pacientes e freiras de um asilo; Coven retrata a história de um clã de bruxas e vodu; e a quarta temporada, que estreará este ano, Freak Show, terá como tema um espetáculo de aberrações nos anos cinquenta.
Como seria de esperar, o terror, suspense e mistério estão muito presentes ao longo das temporadas, conjugados com brilhantes atuações de grandes atores convidados.
Sherlock
Sherlock, para mim, só tem duas desvantagem - cada temporada só tem três episódios por temporada, e não dá uma temporada por ano. A primeira foi transmitida em 2010, a segunda em 2012 e a última este ano. E, segundo consta, teremos de esperar por 2016 para ver a quarta temporada. Ou seja, a cada dois anos são transmitidos três episódios.
E porque é que isto é mau? Porque não encontro absolutamente mais nada para criticar Sherlock e, como tal, apetecia ter temporadas com um número normal de episódios.
Como o próprio nome denuncia, a série retrata as aventuras de Sherlock Holmes e do seu companheiro, Dr. Watson, com a diferença de que a ação se passa em Londres no século XXI.
O maior trunfo da série é Benedict Cumberbatch. Não sei se seria possível melhor casting para a personagem de Sherlock Holmes. O seu desempenho é fenomenal.
Com cinquenta e cinco prémios ganhos, e setenta e seis nomeações, vale a pena ver os poucos episódios produzidos.
24
A série 24 revolucionou a televisão mundial e a forma como assistimos às séries, criando um conceito em tempo real. Ou seja, cada temporada era composta por 24 episódios, cada um respeitante a uma hora de um dia. Por isso, se era preciso ir de x a y, e esse trajeto demorava dez minutos, era preciso esperar dez minutos para que se chegasse ao destino. Claro que, por vezes, parecia que havia uma máquina de teletransportar, mas o conceito era o mais interessante e funcionava muito bem.
A temática era sempre a mesma. Uma ameaça terrorista aos Estados Unidos da América, ou ao mundo, e a luta de Jack Bauer, contra tudo e todos, para salvar o mundo.
As temporadas foram, quase sempre, excelentes, com óptimos desempenhos de atores (especialmente de Kiefer Sutherland) e histórias bastante emocionantes, cheias de ação, que deixavam qualquer um ansioso pelo próximo episódio.
2010 marcou o fim da série, com a sua oitava temporada, mas a 24 regressou este ano, depois de muitas promessas, para mais uma temporada - LAD - Live Another Day. O formato foi ligeiramente alterado, para doze horas, mas o conceito de série em tempo real manteve-se, e a história e ação mudaram-se de armas e bagagens para Londres.
E o que dizer desta nova temporada? Foi um regresso em grande e a mudança para Londres uma lufada de ar fresco. Venham mais temporadas.
Walking dead
Zombies, cenário apocalítico, ficção científica? Não me parece. Foi este o meu pensamento quando ouvi falar pela primeira vez na nova série que iria estrear. Depois ouvi dizer que os efeitos especiais iam ser fantásticos, que nunca se tinha visto nada igual na televisão, mas, mesmo assim, os zombies não me convenciam. A série estreou, fui ignorando as críticas positivas, até ao dia em que apanhei no youtube um teaser à série, e percebi imediatamente como estava errado.
Sim, existem zombies, a humanidade foi praticamente toda dizimada e o mundo, tal como o conhecemos, deixou de existir. Mas é isso mesmo que torna Walking Dead muito bom. Não propriamente a parte dos zombies, apesar dos efeitos especiais serem impressionantes, mas sim o explorar de um mundo tão diferente daquele onde vivemos, em que os luxos mais básicos são inexistente e as prioridades foram invertidas, tal como os valores e comportamentos. E isso, para mim, é o mais interessante - ver como convivem os sobreviventes entre si e os seus comportamentos num mundo onde se vive constantemente com medo.
House of cards
Adoro séries sobre a Casa Branca e todas as intrigas e jogos de poder existentes. House of Cards consegue recriar na perfeição esse mundo, com uma história muito bem construída e interessante, conjugando-a ainda com uma interpretação irrepreensível do fantástico Kevin Spacey.
Frank Underwood é das melhores personagens criadas nos últimos anos. Ambicioso, vingativo, sem escrúpulos e impedioso, nada impedirá Frank de se vingar de quem o traiu e de conseguir chegar à cadeira mais importante do mundo.
Para conseguir o que quer, tem ao seu lado uma mulher com quem compartilha tudo, incluindo a ambição cega do poder, personagem interpretada pela talentosa Robin Wright.
Totalmente aconselhável.