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Filipe Consciência

Filipe Consciência

28.11.14

Crumble de diospiros


Filipe Consciência

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E para terminar a série de receitas de crumble, nada melhor do que dar uso aos deliciosos diospiros que enchem os supermercados e fazer um crumble de diospiros.

 

Ingredientes para duas pessoas:

- 35 g de manteiga ou margarina
- 75 g de farinha
- 30 g de açúcar amarelo
- 1 diospiro grande ou 2 pequenos
- canela

 

Comece por cortar em fatias o diospiro descascado para dentro de dois pequenos recipientes que possam ir ao forno. Polvilhe com canela.

Derreta a manteiga, ou margarina, por 30 segundos no microondas.

Junte num recipiente a farinha, açúcar e manteiga, ou margarina, derretida (não faz mal se ainda estiver quente) e vá misturando e apertando com os dedos até obter uma mistura granulada (o crumble).

Coloque a mistura sobre os diospiros, cobrindo os recipientes.

Leve ao forno a 180º durante 25 minutos.

 

Outras receitas de crumbles:

Crumble de maçãs e nozes

Crumble de morangos

Crumble de cerejas

27.11.14

A declaração de Sócrates, na íntegra


Filipe Consciência

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Porque não sou dos que julga sem julgamento, porque não tenho provas que me levem a pensar de outra forma, e porque acho que todos têm direito à defesa, reproduzo na íntegra a declaração de Sócrates:

 

Há cinco dias “fora do mundo”, tomo agora consciência de que, como é habitual, as imputações e as “circunstâncias" devidamente seleccionadas contra mim pela acusação ocupam os jornais e as televisões. Essas “fugas” de informação são crime. Contra a Justiça, é certo; mas também contra mim.

 

Não espero que os jornais, a quem elas aproveitam e ocupam, denunciem o crime e o quanto ele põe em causa os ditames da lealdade processual e os princípios do processo justo.

 

Por isso, será em legítima defesa que irei, conforme for entendendo, desmentir as falsidades lançadas sobre mim e responsabilizar os que as engendraram.

 

A minha detenção para interrogatório foi um abuso e o espectáculo montado em torno dela uma infâmia; as imputações que me são dirigidas são absurdas, injustas e infundamentadas; a decisão de me colocar em prisão preventiva é injustificada e constitui uma humilhação gratuita.

 

Aqui está toda uma lição de vida: aqui está o verdadeiro poder - de prender e de libertar. Mas em contrapartida, não raro a prepotência atraiçoa o prepotente.

 

Defender-me-ei com as armas do estado de Direito - são as únicas em que acredito. Este é um caso da Justiça e é com a Justiça Democrática que será resolvido.

 

Não tenho dúvidas que este caso tem também contornos políticos e sensibilizam-me as manifestações de solidariedade de tantos camaradas e amigos. Mas quero o que for político à margem deste debate. Este processo é comigo e só comigo. Qualquer envolvimento do Partido Socialista só me prejudicaria, prejudicaria o Partido e prejudicaria a Democracia.

 

Este processo só agora começou.

 

Évora, 26 de Novembro de 2014

José Sócrates

27.11.14

A propósito do Chef que lambia dedos...


Filipe Consciência

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Num post recente do Mesa Marcada, li sobre um cozinheiro de um restaurante que ia lambendo os dedos à medida que os ia sujando:

 

Almoço de hoje, restaurante com cozinha à vista, fui olhando. O cozinheiro de luvas, mas a certa altura ficaram sujas com um molho... lambeu a luva e continuou a cozinhar. Daí a pouco reparei que só tinha uma luva e vi-o lamber os dedos de novo para os limpar daquilo em que tinha mexido antes, e continuou a mexer na comida. Passado um bocado já não tinha luva nenhuma, mas os dedos eram de vez em quando levados à boca.

 

Vieram trazer-me o prato e eu disse a quem o trouxe: Diga ao seu colega que não lamba os dedos enquanto cozinha. Resposta pronta (com um ar meio paternalista, meio arrogante): Ele tem que provar a comida.

 

Pior a emenda que o soneto... nem vale a pena comentar mais.

 

Felizmente, nunca vi nenhum cozinheiro, Chef, ou afim, a lamber os dedos enquanto ia cozinhando, porque se o visse tenho a sensação que me levantaria e ia embora ou, pelo menos, não sairia sem falar com os responsáveis sobre o que tinha presenciado.

 

Porém, não sou assim tão ingénuo ao ponto de pensar que isso nunca aconteceu em nenhum dos restaurantes onde fui ao longo da minha vida, desde as tascas de bairro aos restaurantes com estrelas Michelin e lugares cimeiros nos tops mundiais.

 

Sei bem que já comi ingredientes tocados por mãos sujas e lambidas, para além de mexidos por utensílios de cozinha igualmente lambidos e/ou não lavados.

 

O mesmo se passa com pratos / copos / talheres / guardanapos mal, ou precariamente, lavados, sem falar nos produtos que caem ao chão e é seguida a regra dos 5 segundos, ou alimentos sensíveis que estão fora do frio tempo demais (ou congelados e descongelados mais do que uma vez).

 

Porém, e por mais estúpido que possa parecer para alguns, uma coisa é não dar por nada, e outra bem diferente é ver o Chef, ajudante ou empregado a não cumprir algumas das mais elementares regras de higiene (e boa educação, diga-se de passagem). Ainda por cima, quando a cozinha está aberta para a sala...

 

A situação descrita pela Paulina Mata, do Mesa Marcada, tem tanto de incrível, como inaceitável, apesar de não ser novidade para ninguém. E a justificação do empregado de mesa é ainda mais surreal... E triste.

 

Infelizmente, ou felizmente, não sabemos qual o restaurante em causa no post referido, mas era bom que estes posts servissem para abrir os olhos de alguns. Pelo menos, dos responsáveis. No fundo, era importante que ninguém fizesse aquilo que não desejava que lhe fizessem. E cumprisse com as regras de higiene. Nada de extraordinário, pois não?

 

Ah, e já agora, as regras de higiene não devem ser limitadas às cozinhas dos restaurantes. Já perdi a conta às vezes que encontrei empregados de restaurantes e cozinheiros nas casas de banho dos centros comerciais, devidamente fardados e, com certeza, ao serviço, a sair satisfeitos sem sequer passar as mãos por água...

 

Haja, pelo menos, decência, higiene e respeito.

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