20 Casas Incríveis
Filipe Consciência
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Filipe Consciência
Filipe Consciência
Nos tempos que correm, esta coisa dos blogs está mais na moda que nunca. Já começa a ser difícil encontrar alguém entre os 20 e os 40 anos sem um blog.
E a maioria dos blogs mais famosos são de senhoras nesta faixa etária que deslumbram os leitores com todo o glamour das suas vidas: o vestidinho da moda, os sapatinhos de sola encarnada, o pedido de casamento, o vestido de noiva, a despedida de solteira, o apartamento no centro da capital, a casinha de sonho junto à praia, a barriguinha a crescer na primeira gravidez (e depois na segunda, na terceira e até na quarta!), o babyshower, os primeiros passos dos petizes, as proezas do cachorrinho, os jantares nos restaurantes da moda, as viagens sucessivas a Paris, Londres, Nova Iorque, Maldivas e toda uma panóplia de lugares encantadores espalhados pela velha Europa e pelo mundo inteiro...
E, pelo meio disto tudo, a maioria ainda consegue trabalhar, muitas como empresárias, o que deixará nas 24 horas de um dia normal, talvez umas 5 horitas de sono para repor a beleza!
Por esta altura, a maioria dos que ainda me estão a acompanhar, estará já a pensar que este é mais um texto invejoso de alguém que lamenta não ter uma vidinha igual a estas. A verdade é que, ainda que talvez com menos glamour do que transparece destes blogs, a minha vida não é assim tão diferente destas.
Onde quero então chegar com este texto? Bom, ultimamente tenho dado comigo a pensar o que será destes blogs cheios de glamour daqui por 30 anos? Sim, do que falarão estas senhoras depois de deixarem de trabalhar, quando já não tiverem pedalada para viagens à volta do mundo, quando os filhos forem adultos e os netos já andarem na escola, quando os vestidinhos da moda já não assentarem na perfeição e a reforma, se existir, for metade do ordenado de hoje em dia?
Ainda haverá motivo para escreverem nessa altura? Ou serão relegadas para segundo ou terceiro plano, substituídas pelas jovens mães do momento? Haverá leitores, da mesma faixa etária, interessados em conhecer as proezas dos netos, quais os melhores cremes antirrugas, os melhores spas para a terceira idade, os dissabores do amor depois da menopausa?
Na minha opinião, leitores haverá sempre para todos os assuntos, sobretudo se se identificam com o que se escreve. Aquilo que me custa mais a acreditar é que a maioria destas bloggers se aguente a escrever depois do glamour da juventude ter passado. Mas como esta curiosidade só será satisfeita daqui por 30 anos, resta-me esperar para ver o que acontece e até lá tentar desfrutar o mais possível da leitura destes blogs e da minha própria juventude!
Filipe Consciência
Não consigo ficar indiferente com esta música (letra e música de Miguel Araújo) cantada pelo António Zambujo. Principalmente, com a sua letra, que me faz sempre rir.
O videoclipe está igualmente engraçado. É tão bom ouvir música portuguesa com esta qualidade...
De manhã cedinho
Eu salto do ninho e vou para a paragem
De bandolete à espera do sete
Mas não pela viagem
Eu bem que não queria
Mas um certo dia eu vi-o passar
E o meu peito céptico
Por um pica de eléctrico voltou a sonhar
A cada repique
Que soa do clique de aquele alicate
De um modo frenético
O peito céptico toca a rebate
Se o trem descarrila o povo refila e eu fico num sino
Pois um mero trajecto no meu caso concreto é já o destino
Ninguém acredita no estado em que fica o meu coração
Quando o sete me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira desta vida vã
Mais nada me dá a pica que o pica do sete me dá
Que triste fadário e que itinerário tão infeliz
Cruzar meu horário com o de um funcionário de um trem da carris
Se eu lhe perguntasse
Se tem livre passe para o peito de alguém
Vá-se lá saber talvez eu lhe oblitere o peito também
Ninguém acredita no estado em que fica o meu coração
Quando o sete me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira desta vida vã
Mais nada me dá a pica que o pica do sete me dá
Mais nada me dá a pica que o pica do sete me dá
Filipe Consciência
O restaurante Chaxoila não é um restaurante qualquer. Faz parte da história de Vila Real, da gastronomia do Douro e Trás-os-Montes e, no fundo, da história de Portugal.
Fundado em 1947, o restaurante, na altura uma pequena taberna, foi aberto por Fernanda Brito, que lhe deu como nome a alcunha do seu marido - Chaxoila. Não foi preciso muito para que a taberna começasse a ser paragem obrigatória para quem passava por aquelas bandas, inicialmente famosa pelo bom pão que servia, e depois por uma das maiores especialidades da região - as Tripas aos molhos - que nasceram no Chaxoila, pelas mãos de Fernanda Brito, depois de uma sugestão de uma cunhada, que tinha um talho, e que lhe perguntou: “Ó Fernanda, você que tem um tasco, quer levar as tripas e experimentar cozinhá-las?”
Fernanda Brito aceitou o desafio, experimentou enrolar o bucho e o intestino da vaca com presunto e salsa, e assim nasceram as Tripas aos molhos.
“A tripa era muito bem lavada, com água a ferver e passada muitas vezes por água e limão para apagar qualquer sabor desagradável. Fazia o mesmo com o bucho(estômago) da vaca. Depois cortava o bucho aos quadradinhos e acrescentava a cada quadrado um pedaço de presunto com a grossura de um dedo e um pezinho de salsa. Enrolava tudo com a tripa fina finalizando com um laço…”, conta Fernanda Brito.
Mais de sessenta anos depois, o restaurante Chaxoila mantém-se como um marco na gastronomia de Vila Real, sendo o restaurante ideal para experimentar as verdadeiras Tripas aos molhos que, para mim, continuam a ser as melhores que alguma vez comi.
Mas existem muitas outras alternativas, igualmente deliciosas, pelo que vale a pena a paragem nesta antiga Casa de pasto, modernizada e com um serviço eficiente, simpático e educado.
Filipe Consciência
Hoje a receita não podia ser mais fácil ou mais rápida. Trata-se de um delicioso soufflé de Nutella, demora apenas um minuto, leva dois ingredientes e é feito numa caneca no microondas. Melhor é impossível.
Sugestão - acompanhe com uma bola de gelado de baunilha.