Hoje, no corredor de um hospital em Lisboa, ouvi que uma senhora, bastante idosa, acompanhada pela sua filha (com cerca de 60 anos e deficiente mental) tinha sido assaltada ao sair do táxi que a levou ao hospital. E por quem é que foi assaltada? Pelo próprio taxista.
A história resume-se em poucas palavras - a mãe teve de acompanhar a filha a uma consulta no hospital, foi antes ao multibanco levantar dinheiro e chamou um táxi. Quando chegaram ao hospital, saíram as duas do táxi e a mãe foi ao pé da janela do taxista para lhe dar o dinheiro. Enquanto tirava o dinheiro, o taxista puxou a carteira pela janela, fez marcha atrás e fugiu.
Nem a mãe nem a filha tiveram a capacidade de reagir, nem tão pouco conseguiram ver a matrícula ou avisar um dos seguranças presentes no hospital. Limitaram-se a entrar no hospital e a relatar o sucedido a uma auxiliar.
Ouvir aquela senhora a lamentar-se do que tinha acontecido, acompanhada pela sua filha que nem conseguia perceber o que tinha acontecido e só chorava porque tinha medo da consulta, deixou-me destroçado.
É nestas alturas que perco mais um pouco da fé que tenho neste mundo e concluo que estamos rodeados de ladrões e vigaristas, em todos os estratos sociais e profissões.