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Filipe Consciência

Filipe Consciência

28.03.17

Divulgada a 2ª parte da lista dos melhores restaurantes do mundo


Filipe Consciência

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Foi há pouco divulgada a segunda parte da lista dos 100 melhores restaurantes do mundo pelo "The World's 50 best restaurants" e permanecemos com um restaurante entre os melhores do mundo. O Belcanto, de José Avillez, (podem ler aqui sobre a nossa última visita ao restaurante) mantém-se na lista mas desce 7 posições. Passa de 78º para 85º lugar. Não é mau, mas também não é excelente. Como português, admirador do trabalho de José Avillez e em especial do Belcanto, gostava de o ver, pelo menos, a evoluir na lista. Mas já não é mau assim. 

 

Há diversos pormenores a realçar, mas talvez por ter estado há tão pouco tempo no DiverXO, em Madrid, do genial Dabiz Muñoz (podem ler a análise aqui) tenho de referir o "desaparecimento" do DiverXO da lista. Em 2016 estava em 79º lugar (logo a seguir ao Belcanto) e agora não aparece.

 

Só há duas hipóteses. Ou deixou de pertencer ao restrito grupo de 100 melhores do mundo, ou passou para a primeira parte da lista. Se tiver de apostar, aposto tudo nesta segunda parte. Já achava uma injustiça o DiverXO estar atrás do Belcanto (e de outros que apareciam à sua frente) e não compreendia como poderia estar num lugar tão distante do pódio. Por isso agora acredito, e espero, que tenha galgado uns bons lugares e subido aos 50 melhores do mundo. 

 

Alguns pontos.

Negativos:

- O Per Se, em Nova Iorque, continua a descer. Em 2016 estava em 52º e agora em 87º;

- O Fäviken, em Järpen, passa para a segunda parte da tabela (57º lugar);

- O mesmo com Quique Dacosta, em Dénia, que passa para 62º lugar;

- E ainda The Test Kitchen, na Cidade do Cabo, que passa de 22º para 63º lugar...

 

Positivos:

- A (espetacular) entrada do Disfrutar, em Barcelona, para o 55º lugar;

- A entrada do Hisa Franko, em Kobarid, para o 69º lugar;

- O grande número de países representados nesta metade da lista (26).

 

Mas nada melhor do que deixar a lista:

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28.03.17

Já não há paciência...


Filipe Consciência

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Sem querer ofender ninguém ou qualquer associação, mas também sem ser falso: Sou só eu que estou mais do que farto daquelas pessoas que estão na rua a pedir dinheiro e abordam as pessoas de uma das seguintes formas:

Olá meu amigo, como é que vai?

Bom dia jovem!

Olá jovem simpático!

Olá, está um lindo dia, podemos falar?

Vamos passar o seu sorriso para a cara de crianças que precisam? 

Como é que vai a sua família?

Está a chover, mas eu tenho aqui um guarda chuva, não quer vir para aqui e falamos um pouco?

 

A sério? Tudo bem, estão a fazer o que lhes compete e o objetivo não podia ser mais nobre. Ajudar quem mais precisa. E o trabalho deles é extremamente ingrato, porque ninguém pára, muitos fingem não os ver (contra mim falo), às vezes levam com respostas tortas, e têm de passar os dias inteiros a tentar sorrir e falar com quem não quer nada com eles.

 

Mas esta abordagem é horrível e só me afasta ainda mais. Porque é que tentam parecer próximos? Porque é que nos tratam como se fossemos amigos de longa data? Claro que seria pior se fosse ao contrário, e só desta forma é que devem conseguir atrair a atenção de alguns, mas mesmo assim acho horrível...

 

E o facto de perseguirem, literalmente, as pessoas, também é péssimo. Chegam a serguir-nos por longos metros, a passar as estradas para o outro lado... Sempre ao nosso lado e sempre a falar.

 

Enfim, só sei que cada vez tenho menos paciência para os ouvir e já chego a fingir que estou ao telemóvel para conseguir passar por eles. Fica o desabafo...

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