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Filipe Consciência

Filipe Consciência

05.06.15

A Travessa, Lisboa


Filipe Consciência

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Entre a Madragoa e a Lapa, instalado no Convento das Bernardas, datado do século XVII, fica o restaurante "A Travessa", que tivemos oportunidade de visitar a convite da Zomato.

 

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Cuidadosamente restaurado, o restaurante apresenta duas salas acolhedoras, uma delas com lareira, para além da esplanada no claustro, onde se pode aproveitar este tempo mais quente.

 

O ambiente é informal, mas requintado, com um serviço educado, eficiente e rápido.

 

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A cozinha tem uma influência internacional, mas igualmente focada na gastronomia tradicional portuguesa.

 

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A refeição teve início com o couvert (€3,50) e uma degustação de entradas (€12,50): queijo de cabra panado com doce de abóbora; presunto sobre rúcula; manteiga de queijo emmental com tomate e alho; saladinha de pepino, tomate, beterraba e iogurte; shot de couve flor; pimentos padrón; omeleta de espargos; secretos de porco e amêijoas.

 

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No geral, tudo bom, com destaque para os secretos e para a originalidade do shot de couve flor.

 

Passando aos pratos, optámos por:

 

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Medalhões de veado com trufas (€31,50) - prato muito bem conseguido, sendo no entanto dispensável a pêra em vinho, devido ao intenso sabor a vinho.

 

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Tornedó de touro bravo com shitake (€29,50) - igualmente bom, com o travo do alecrim a fazer toda a diferença. Destaque menos positivo apenas para os cogumelos, que estavam duros e não tinham sabor.

 

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Os acompanhamentos - batata frita, puré de nabo, esparregado e legumes salteados - eram normais, sem deixar memórias especiais.

 

No fundo, o ponto alto dos pratos foi mesmo a carne. Extremamente bem confecionada e de alta qualidade, dando vontade de regressar para poder comê-la novamente.

 

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Passando às sobremesas, escolhemos o crème brulée e o pudim Abade de Priscos. E se o crème brulée era normal, o pudim deixava um pouco a desejar. Não sabia ao que devia e a apresentação (framboesa e hortelã) não acrescentava nada e descaracterizava o tipo de pudim.

 

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Em jeito de conclusão - comida boa e bem confecionada, mas sem ser espetacular nem memorável. O que é mau, face aos preços apresentados. Tudo bem que para a maioria dos turistas que frequentam o restaurante (o público alvo), os preços não são nada de extraordinário, mas para um português normal são demasiado exagerados tendo em conta os pratos e a qualidade apresentada. Para comer a estes preços, existem muitas outras opções em Lisboa mais merecedoras do dinheiro gasto.

 

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Por fim, falta ainda escrever sobre o transfer gratuito para o restaurante. Se um dos maiores problemas do restaurante "A Travessa" poderia ser a localização e a falta de estacionamento na zona, tudo fica resolvido com o transfer gratuito de ida e volta a partir do parque de estacionamento do Largo Vitorino Damásio, em Santos. O transfer não só é útil, como ao mesmo tempo é curioso por se tratar de um "pão de forma" com aproximadamente cinquenta anos. A cereja em cima do bolo é que o parque de estacionamento é pago pelo restaurante.

 

Jantar oferecido pela Zomato, sobre a qual já escrevi aqui.