Está escolhido. Ponto final.
Filipe Consciência
Está escolhido. Ponto final.
Sim, está escolhido e, sem grandes surpresas, venceu quem devia, quem merecia e de quem o país mais precisa. Porém, e antes do ponto final, acho que seria interessante analisar as percentagens (ainda provisórias). Não me refiro aos quase 70% de Costa a nível nacional, aos 86% nos Açores ou 87% em Lisboa. Até o Seguro sabia que ia ser assim.
O mais espantoso, foram os 45% de abstenção nos Açores, 52% na Madeira, 58% na Europa e 72% fora da Europa. No total, houve cerca de 30% de abstenção. E isto é que é de estranhar e de analisar, especialmente quando se trata de eleições onde a maioria se inscreveu porque queria votar.
Tiveram o trabalho de se inscrever nas eleições e depois ficaram em casa? Claro que ninguém está livre de se ver impossibilitado de fazer algo por forças maiores. Mas isso aconteceu com as 73959 pessoas que não votaram? Ou será que as 73959 pessoas que não votaram são todas militantes e não quiseram votar porque não lhes apeteceu? É lógico que não.
Numas eleições primárias, onde vota quem paga as suas quotas e quem se inscreve para votar, a percentagem de abstenção deveria ser irrisória. Mas não foi. Só entre nós, acho que a abstenção já está tão incutida nos portugueses, que até neste tipo de eleições a percentagem é grande.